domingo, 6 de janeiro de 2013

Cine USA - Neve sobre cedros



Dirigido por Scott Hicks
Com Max von Sydow, Ethan Hawke, Sam Shepard
Gênero Drama
Nacionalidade EUA

Sinopse e detalhes

Em 1950, numa comunidade do Norte do Pacífico, um pescador encontrado morto. Tudo indica que tenha sido um assassinato a sangue frio. Mas, como as investigações descobrem, a simples morte do homem revela um passado assombrador e uma extraordinária estória sobre a persistência do ódio e o poder do amor.

Fonte: Adoro Cinema 

Cine Europa - O Escritor Fantasma



Dirigido por: Roman Polanski
Com: Ewan McGregor, Pierce Brosnan, Kim Cattrall
Gênero: Suspense
Nacionalidade: Reino Unido , Alemanha , França
 
Sinopse e detalhes
 
Adam Lang (Pierce Brosnan) é um ex primeiro ministro britânico, casado com Ruth (Olivia Williams), que vive em semi-exílio em uma ilha no estado do Maine, nos Estados Unidos. Ele tem sido duramente criticado por ter autorizado a prisão e tortura de suspeitos de terrorismo. Paralelamente, Lang trabalha em sua autobiografia, pela qual recebeu US$ 10 milhões antes mesmo de escrevê-la. Quando McCrea, velho amigo de Lang e autor do livro, morre, a editora logo contrata um substituto (Ewan McGregor). Ele será o ghost writer do livro de Lang, sendo enviado para entrevistá-lo e concluir o manuscrito já pronto. Só que, em meio a acusações políticas e suspeitas de que McCrea foi assassinado, o escritor passa a temer por sua própria vida.

Cine USA - Chinatown



Dirigido por Roman Polanski
Com Jack Nicholson, Faye Dunaway, John Huston
Gênero Policial
Nacionalidade EUA

Sinopse e detalhes
Los Angeles, 1937. J.J. Gittes (Jack Nicholson), um detetive particular, recebe a visita de uma mulher que deseja contratá-lo, pois acredita que seu marido, o engenheiro-chefe do Departamento de Águas e Energia, tem um caso. Porém, Gittes logo descobre que sua cliente na verdade era uma farsante, mas a verdadeira Evelyn Mulwray (Faye Dunaway) o encontra. Quando o marido aparece morto no reservatório de água da cidade, Gittes percebe a gravidade do caso. Seu envolvimento leva-o a ser atacado por gângsters e, após manter um romance com Evelyn, descobre que ela é filha de Noah Cross (John Huston), um dos homens mais poderosos da cidade. Gittes desconfia então que Cross, um rico proprietário que tem interesses ilícitos nas terras próximas ao reservatório, teve uma relação incestuosa com a filha, nascendo daí a jovem vista com o marido de Evelyn. 
 
Fonte: Adoro Cinema

Cine Europa - O Pianista



Diretor: Roman Polanski
Produção: Robert Benmussa, Roman Polanski, Alain Sarde
Roteiro: Ronald Harwood
Fotografia: Pawel Edelman
Trilha Sonora: Wojciech Kilar
Ano: 2002
País: Reino Unido/ França/ Alemanha/ Polônia
Gênero: Drama

Cine Argentina - Família Rodante



Informações Técnicas
Título no Brasil: Familia Rodante
Título Original: Familia rodante
País de Origem: Argentina / Brazil / França / Alemanha / Espanha / Inglaterra
Gênero: Comédia / Drama
Tempo de Duração: 103 minutos
Ano de Lançamento: 2004
Estreia no Brasil: 09/12/2005
Site Oficial: Estúdio/Distrib.: Europa Filmes / M.A. Marcondes
Direção: Pablo Trapero

Sinopse e detalhes
No dia do aniversário de 84 anos de Emilia (Graciana Chironi) ela reúne em sua casa toda a família para um jantar de comemoração. É quando ela recebe um telefonema de Missões, sua cidade-natal a qual nunca mais retornou, com um convite para ser madrinha de casamento de uma sobrinha que nem conhece. Emocionada, Emilia repassa o convite a todos os integrantes de sua família. Eles decidem ir até Missões em uma casa rodante construída em cima de um velho Chevrolet Viking 56, no qual cabe os 12 integrantes da família. Durante a viagem as 4 gerações da família convivem com seus sonhos, frustrações, desejos e dúvidas.
 
Fonte: Adoro Cinema

domingo, 8 de julho de 2012

Cine Brasil - Era uma Vez...



Sinopse

Os jovens Dé (Thiago Martins) e Nina (Vitória Frate) se conhecem na Praia de Ipanema, no Rio de Janeiro, e acabam se apaixonando. O problema é que o casal vivem realidades sócio-econômicas opostas e, juntos, experimentam as alegrias, emoções e dificuldades de viver este romance tão improvável.


Crítica
Por Celso Sabadin

Havia muita expectativa pelo novo filme de Breno Silveira. Afinal, estrear na direção com o maior sucesso de bilheteria da chamada era da retomada do cinema brasileiro, 2 Filhos de Francisco - A História de Zezé di Camargo e Luciano, colocou o cineasta na incômoda posição de "ser obrigado" a repetir a façanha. O que, convenhamos, não é nada fácil. Seu novo trabalho, Era uma Vez..., certamente não levará tanta gente aos cinemas como 2 Filhos de Francisco - A História de Zezé di Camargo e Luciano, mas confirma o talento do diretor. Mesmo quando o roteiro não é dos mais inspirados, como neste caso.

Provavelmente, o maior problema de Era uma Vez..., é a sensação de déjà vu provocada pelo enredo. Dé (Thiago Martins) é um jovem da favela, gente boa e um pouco tímido. Ele mantém uma atração platônica por Nina (a estreante Vitória Frate), menina de classe média alta (decadente, como se perceberá depois). Ela jamais sequer percebeu a presença do rapaz, que trabalha num quiosque de lanches bem em frente ao seu luxuoso prédio. Aos poucos, Dé toma coragem para se aproximar da moça, favorecido pela crença que na praia, de calção, as diferenças sociais desaparecem. Ou, no mínimo, ficam menos evidentes. Contra tudo e todos, Dé e Nina iniciam um romance que faz acender ainda mais os mais diversos tipos de preconceitos raciais e sócio-econômicos existentes em nosso país. O clima de Romeu e Julieta é inevitável.
É como se tivessem colocado num único caldeirão (que não é do Luciano Huck, um dos produtores do filme) idéias de Cidade de Deus, Tropa de Elite, Maré - Nossa História de Amor, Cidade dos Homens e, claro, Romeu e Julieta. A todo momento, fica a impressão de "já vi este filme antes". Morro contra asfalto, pobres contra ricos, a força do amor vencendo tudo, pessoas de bom coração tentando sobreviver dignamente em meio ao tráfico, enfim, tudo está lá. Novamente.

A boa notícia é que, mesmo com um roteiro recheado de idéias desgastadas, Breno Silveira mostra que tem talento e mão firme para a direção. Ele consegue extrair ótimas interpretações de todo o seu elenco, principalmente de Thiago Martins, do grupo de teatro Nós do Morro, que já esteve em Cidade de Deus, Maria, Mãe do Filho de Deus e em algumas novelas. Seus enquadramentos são precisos, valorizando o trabalho dos atores, e seu senso de timming conta bem a história, com ritmo e eficiência. Desenvolvendo personagens críveis e empáticos, Breno se mostra maduro na direção, depois de anos atuando como produtor e diretor de fotografia.

Certamente vai fazer um excelente filme quando tiver um bom roteiro nas mãos.

Ficha Técnica

Diretor: Breno Silveira
Elenco: Thiago Martins, Vitoria Frate, Rocco Pitanga, Paulo César Grande.
Produção: Pedro Buarque de Hollanda, Breno Silveira
Roteiro: Patrícia Andrade
Fotografia: Dudu Miranda, Paulo Souza
Duração: 118 min.
Ano: 2008
País: Brasil
Gênero: Drama
Cor: Colorido
Distribuidora: Não definida
Estúdio: Sony Pictures / Conspiração Filmes / Globo Filmes
Classificação: 14 anos

Fonte: Cineclick
http://www.cineclick.com.br/criticas/ficha/filme/era-uma-vez/id/1862

Cine Brasil - Histórias de Amor Duram Apenas 90 Minutos




Sinopse

Zeca (Caio Blat), jovem escritor, às voltas com romance que não consegue escrever, vive no mais profundo ócio. Tem 30 anos, mas age como se fosse um adolescente. É talentoso, mas dispersivo: escreve duas frases e logo desiste. Casado com Julia (Maria Ribeiro), vive crise de relacionamento, provocada pela forma antagônica com que vêem a vida: Zeca não quer nada, Julia sabe o que quer. Zeca é infeliz, porém conformado. Até o dia que começa a acreditar que Julia o está traindo. E, para seu espanto, com outra mulher.

Crítica
Por Heitor Augusto

Zeca (Caio Blat) é um garotão mimado perto dos 30 anos que morre de medo de terminar seu livro, mostrá-lo ao mundo e descobrir que não é tão bom assim. Julia (Maria Ribeiro), sua mulher, sabe o que quer da vida. Em cima das oposições do casal e das inseguranças do herói se desenvolve Histórias de Amor Duram Apenas 90 Minutos.

Para quem está entrando na idade adulta com os dois pés, não é difícil se identificar com a essência do filme de Paulo Halm, que trabalha com questões como o medo de jogar com as regras do mundo real, fazer arte e submetê-la ao julgamento, assumir publicamente o gosto por poetas românticos, mas encher a estante de casa com Rubem Fonseca. Enfim, inseguranças naturais numa fase de transição, encruzilhada e afirmação.

Só que a identificação não é a única coisa que segura um filme. É nítido que o longa de estreia de Halm, roteirista de cerca de vinte filmes, pretende ficar na fronteira entre o cool, leve e com frescor, e o existencialismo e suas questões sérias. Mas começo fazendo uma provocação sobre o herói do filme.

O Zeca representa mesmo as agruras da geração que tem 30 anos hoje? Sinto que não. As referências literárias, o tipo de frustração de seu pai (Daniel Dantas) e a maneira que Halm dirige (abusando da narração em off e de uma música-tema que percorre diversos momentos do filme), dizem mais sobre quem tinha 30 anos na saída dos anos 80.
Acho que, hoje, quem faz o tipo Zeca e está na encruzilhada da entrada na vida adulta, vive mais na dicotomia Clarah Averbuck/ Bukowski do que Rubem Fonseca/ Álvares de Azevedo. Vira e mexe, Histórias de Amor Duram Apenas 90 Minutos se parece com um filme que olhamos não como resultado do presente, mas como objeto de distância sobre um tempo que passou.

A segunda provocação é sobre o desenvolvimento da história. Conservador em sua estrutura, o roteiro começa indicando que ali virá um filme sobre um personagem que leva suas questões a sério. A primeira virada, após a devida apresentação, é quando surge Carol (Luz Cipriota), uma estonteante argentina que vai abalar a relação do casal.

Então, o longa entra por uma rodovia esburacada para abandonar o “filme existencialista” e se tornar “filme romântico”. Por ter sido encaixado de maneira pouco sutil, e pela demora em voltar ao ponto inicial, parece um esforço de Halm em incorporar uma subtrama para aliviar as coisas mais sérias foram faladas até então. Porque o desenvolvimento paralelo é abandonado e um dos personagens tem de sumir uma semana para que outro núcleo se desenvolva.

Uma das coisas que aliviam essas irregularidades é a ambientação. A cena carioca hype, dos jovens de classe média que “sambam” no Carioca da Gema ou tomam cerveja de pé na Mem de Sá são personificadas pelo elemento estrangeiro, Carol, e por uma personagem do tipo tranqueira recorrente no fim de uma noite boêmia.

Confesso que, no final de Histórias de Amor Duram Apenas 90 Minutos, queria mais sarcasmo e menos auto-indulgência. Um voo mais rasante de Halm, menos preso na necessidade de “meu filme precisa ser leve”. O Zeca podia ficar mais quieto em vez de falar sempre.

Histórias de Amor Duram Apenas 90 Minutos não é tão frívolo como aparenta ser e há algo bem sério em relação ao falso amor. Mas, os inúmeros buracos tornam a trajetória até lá penosa e, algumas vezes, entendiante.


Ficha Técnica

Diretor: Paulo Halm
Elenco: Caio Blat, Maria Ribeiro, Luz Cipriota, Daniel Dantas, Lucia Bronstein
Produção: Heloísa Rezende
Roteiro: Paulo Halm
Fotografia: Nonato Estrela
Trilha Sonora: Andre Moraes
Duração: 90 min.
Ano: 2009
País: Brasil
Gênero: Comédia Dramática
Cor: Colorido
Distribuidora: Downtown Filmes
Classificação: 16 anos
 
Fonte: CineClick

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Cine Argentina - Leonera



Sinopse

Julia (Martina Gusman) acorda em seu apartamento rodeada pelo sangue de Ramiro (Rodrigo Santoro) e Nahuel. Ramiro ainda está vivo. Ambos foram, sem ninguém saber, amantes e Julia está grávida. Julia é enviadapara uma prisão para mães grávidas. No primeiro dia, ela fica sozinha e afastada. A moça odeia a idéia de ser mãe. Julia visita Ramiro na prisão mascculina. Os acontecimentos da noite do crime permanecem confusos para ambos, assim como seus sentimentos.

Crítica
Por Sérgio Alpendre

O cineasta argentino Pablo Trapero conquistou um público fiel com os seus dois filmes que estrearam em circuito, depois de lotar sessões em nossos festivais: Do Outro Lado da Lei, em que captava as agruras de um policial militar em Buenos Aires, e Família Rodante, que registrava a viagem de uma família conturbada (mas qual não é?) para um casamento no nordeste da Argentina. Com Leonera chega ao ponto máximo de sua carreira. A história gira em torno de uma mulher que desperta cheia de sangue. Ela descobre que algo muito grave aconteceu em sua casa e dois homens se encontram desfalecidos e cheios de golpes de facas. Ela vai para a prisão, acusada de matar um deles. Mas está grávida e tem de se acostumar à idéia de criar um filho na cadeia, em situação higiênica precária e sem educação oficial. O melhor do filme de Trapero é que ele evita, com sucesso, qualquer possibilidade de denúncia. Ele não foi ao presídio para denunciar os maus-tratos que ocorrem ali. A barra é pesada, algumas prisioneiras são violentas, mas o que acompanhamos é o drama de uma mãe que luta para criar seu filho, para que ela não perca esse direito. Um belo filme, com direito a um plano final de chorar.

Ficha Técnica

Diretor: Pablo Trapero
Elenco: Elli Medeiros, Martina Gusman, Rodrigo Santoro, Laura Garcia, Tomás Plotinsky, Leonardo Sauma.
Produção: Youngjoo Suh, Pablo Trapero
Roteiro: Alejandro Fadel, Martín Mauregui, Santiago Mitre, Pablo Trapero
Fotografia: Guillermo Nieto
Duração: 113 min.
Ano: 2008
País: Argentina/ Brasil/ Coréia do Sul
Gênero: Drama
Cor: Colorido
Estúdio: Patagonik Film Group / VideoFilmes
Classificação: 14 anos
Fonte: Cineclick
http://www.cineclick.com.br/filmes/ficha/nomefilme/leonera/id/15257

Cine Brasil - Feliz Natal



Sinopse

Caio (Leonardo Medeiros), dono de um ferro-velho, volta para a casa de sua família. Lá, encontra a mãe, Mércia (Darlene Glória), totalmente descontrolada; o pai (Lúcio Mauro) agora está casado com uma mulher bem mais nova; o irmão (Paulo Guarnieri) é incapaz de demonstrar sentimentos, passando seu tempo bebendo uísque; a cunhada (Graziella Moretto) tenta contornar toda essa situação complicada que se arma em plena noite de Natal.

Crítica
Por Angélica Bito

Com Feliz Natal, Selton Mello - reconhecido como ator de filmes como os recentes Os Desafinados e Meu Nome Não é Johnny - mostra uma nova faceta em sua carreira artística, a de diretor. Ao apresentar o longa na primeira exibição que teve ao público, no I Festival de Cinema de Paulínia - realizado na cidade do interior de São Paulo em julho deste ano -, Mello pediu para que os espectadores esquecessem de sua carreira como ator. "Hoje é meu renascimento, inicio essa nova fase em minha carreira como diretor", afirmou. Acompanhado de grande parte de sua equipe - todos devidamente apresentados pelo diretor -, deuxou a musa Darlene Glória por último. "Darlene é minha Gena Rowlands, minha Bette Davis", afirmou o ator, cujo filme foi premiado por Melhor Diretor, Menção Especial para Fabrício Reis e sua atuação no longa e de Atriz Coadjuvante, dividido entre Darlene Gloria e Graziella Moretto. E, de fato, comparar Darlene à esposa e principal atriz de John Cassavetes faz sentido. O diretor norte-americano é a principal influência de Mello em sua estréia nesta função. Além disso, a atuação da atriz brasileira lembra muito a de Gena Rowlands em Uma Mulher Sob Influência (1974). Podemos dizer que a Mércia de Feliz Natal também tem toques da loucura da personagem de Bette Davis em O Que Terá Acontecido com Baby Jane? (1962). O que explica essa comparação feita pelo ator e agora diretor. Feliz Natal é intenso. Câmera na mão, fotografia granulada, closes e mais closes. Tudo para criar um laço de intimidade entre o espectador e os personagens do longa-metragem. A história começa quando Caio (Leonardo Medeiros), dono de um ferro felho, volta para a casa de sua família. Lá, encontra a mãe, Mércia, totalmente descontrolada; o pai (Lúcio Mauro) agora está casado com uma mulher bem mais nova; o irmão (Paulo Guarnieri, voltando a atuar após uma pausa de oito anos) é incapaz de demonstrar sentimentos, passado seu tempo bebendo uísque; a cunhada (Graziella Moretto) tenta contornar toda essa situação complicada que se arma em plena noite de natal. O filme tem ótimas atuações, destacando-se o núcleo feminino da trama, mais intenso, do jeito que o diretor pretendia - também por seus papéis. Em Feliz Natal, me parece que as mulheres são capazes de sentir melhor o que ocorre em sua volta, sempre reagindo de maneiras diferentes. Trilha sonora e fotografia complementam e ajudam muito bem o diretor a seduzir os sentimentos do espectador, que sofre e sente como os personagens. Mello é um grande admirador do cinema. Em sua estréia como diretor, desfilam na tela as influências que teve o diretor neste sentido. O filme lembra longas como o já citado Uma Mulher Sob Influência e O Pântano, da diretora argentina Lucrecia Martel. A questão dos irmãos em conflito, na situação de um retorno, remente a Lavoura Arcaica, belíssimo longa de Luiz Fernando Carvalho, cujo assistente de direção, Lula Carvalho, assina a fotografia em Feliz Natal. Mas isso não deve ser demérito para trabalho nenhum.

Ficha Técnica

Diretor: Selton Mello
Elenco: Leonardo Medeiros, Darlene Glória, Graziella Moretto, Paulo Guarniere, Lúcio Mauro. Produção: Vania Catani Roteiro: Selton Mello, Marcelo Vindicatto
Fotografia: Lula Carvalho
Duração: 100 min.
Ano: 2007
País: Brasil
Gênero: Drama
Estúdio: Bananeira Filmes
Classificação: 14 anos
Fonte: Cineclick
http://www.cineclick.com.br/filmes/ficha/nomefilme/feliz-natal-2007/id/15516

Cine Brasil - 5 Frações de Uma Quase História



Sinopse

Cinco homens têm suas histórias entrecortadas pela narrativa do longa. Carlos (Leonardo Medeiros) é um fotógrafo que tem adoração por pés femininos. Ele pretende realizar um trabalho envolvendo sua obsessão, mas enfrenta problemas para encontrar os pés e a modelo ideal. Na segunda história, um homem se projeta em personagens de filmes através da televisão, o que o faz realizar uma viagem entre o delírio e a realidade. Akim (Nivaldo Pedrosa) é um funcionário burocrático de um tribunal de justiça, que foi chamado às pressas para um encontro às escondidas com um juiz veterano (Jece Valadão). Lá ele recebe a oferta de ganhar muito dinheiro caso assuma um crime cometido pelo juiz. Antônio (Cláudio Jaborandy) trabalha em um matadouro. Ele nota que seu casamento está em crise, até que descobre a traição da esposa. Já Lúcia (Cynthia Falabella) é uma secretária desiludida, que sonha em se casar. Ela marca um encontro às escuras com Beto (Murilo Grossi), que conhece através de um programa de rádio, mas ao encontrá-lo logo fica nítido que eles têm expectativas diferentes para este encontro.

Crítica
Por Celso Sabadin

O nome de Robert Altman virou referência quando se fala de "diferentes histórias de vários personagens que acabam se cruzando no decorrer da trama". Sempre quando um filme tem este tipo de estrutura, logo surge a comparação com Short Cuts - Cenas de Vidaou mesmo Prêt-A-Porter, do genial diretor já falecido. Porém, não é obrigatório ser Robert Altman para extrair bons resultados desta fórmula. A produção brasileira 5 Frações de uma Quase História é prova disso. Primeiro longa de ficção realizado pela produtora Camisa Listrada, 5 Frações de uma Quase História é uma produção mineira feita a 12 mãos, na qual seis diretores (Armando Mendz, Cristiano Abud, Cris Azzi, Guilherme Fiúza, Lucas Gontijo e Thales Bahia) se dividiram para contar tramas diferentes, mas que acabam se tangenciando levemente no mesmo espaço, no caso, a cidade Belo Horizonte. Seus protagonistas são: um fotógrafo obcecado por pés femininos, um homem que se projeta em situações vistas na TV, um funcionário público que recebe uma proposta de um juiz corrupto, um trabalhador de um matadouro com o casamento em crise e uma secretária desiludida no amor. Em todas as histórias, prevalece a angústia humana, a solidão, a desesperança. Eventualmente, até um leve toque de humor ácido. Por meio de vários grafismos estilísticos de enquadramento e, principalmente, edição, percebe-se claramente a cultura publicitária que também emana da produtora Camisa Listrada. Por vezes, o conteúdo fica em segundo plano, encoberto pelas "firulas" visuais. Mas, aos poucos, o filme ganha corpo e vai conquistando a atenção do público. Principalmente em seus momentos finais, quando são revelados os pontos em comum que acabarão por unir as várias histórias. Como todo filme feito em episódios e com vários diretores, há um toque de irregularidade, alternando momentos inspirados e outros nem tanto. Mas de uma forma geral é uma obra que atrai pelo inusitado e também pelo ótimo elenco, que reúne Leonardo Medeiros (Não por Acaso), Gero Camilo (Bicho de Sete Cabeças), Luiz Arthur, Cynthia Falabella, Murilo Grossi, Cláudio Jaborandy (Latitude Zero), Nivaldo Pedrosa e Jece Valadão, em seu último trabalho completo como ator. No Festival de Cinema de Pernambuco de 2007, o filme levou o Prêmio Especial do Júri e de Melhor Direção de Arte. Vale a pena dar uma olhada com carinho.

Ficha Técnica

Diretor: Armando Mendz, Cristiano Abud, Cris Azzi, Guilherme Fiúza, Lucas Gontijo, Thales Bahia Elenco: Cláudio Jaborandy, Cynthia Falabella, Gero Camilo, Jece Valadão, Leonardo Medeiros, Luiz Arthur, Nivaldo Pedrosa.
Produção: André Carrera
Duração: 98 min.
Ano: 2007
País: Brasil
Gênero: Drama
Cor: Colorido
Classificação: 16 anos

Fonte: Cineclick
http://www.cineclick.com.br/filmes/ficha/nomefilme/5-fracoes-de-uma-quase-historia/id/15155

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Cine França - Madame Bovary



Sinopse

França, século XIX. Emma (Isabelle Huppert) é uma jovem camponesa que aspira coisas melhores na vida. Ela então se casa com um rico médico, Charles Bovary (Jean-François Balmer), que conheceu quando ele foi cuidar de seu pai quando este quebrou a perna, apenas para obter ascensão social. Charles, além de ser mais velho, é bem metódico. À medida que cresce a intimidade de suas vidas um crescente desapego distancia Emma do marido, pois as conversas dele eram planas como o chão e isto a entedia. Sentindo um claro desprezo por seu marido, Emma passa a ter amantes e fazer grandes gastos.

Ficha Técnica

Direção: Claude Chabrol
Elenco: Isabelle Huppert, Jean-François Balmer, Christophe Malavoy
Gênero: Drama
Nacionalidade: França
Ano: 1991

Fonte: Adoro Cinema
http://www.adorocinema.com/filmes/filme-6623/

Cine Brasil - Nome Próprio



Crítica

Marcelo Forlani
17 de Julho de 2008

Os blogs estão na moda. E já faz tempo! Aliás, já até deixaram de ser moda. Deixaram de ser diários online. Se solidificaram e hoje há até mesmo aqueles que ditam tendências. Que ficam sabendo antes e não têm medo ou rabo preso de dizer o que precisa ser dito. Até mesmo pessoais eles deixaram de ser. Hoje há os blogs comunitários, há os comentários que provam que a sala não está jamais vazia. Quem saiu deste universo próprio e ganhou outras mídias foram as escritas de Clarah Averbuck. A escritora primeiro viu seus textos virarem os livros Máquina de Pinball e Vida de Gato e agora acompanha uma adaptação para o cinema, Nome Próprio (2008). Na tela, a protagonista é Leandra Leal, a blogueira fictícia conhecida como Camila Jam. É ela que começa o filme chorando, desesperada depois de uma noite errada com a pessoa errada. Opa, olha o preconceito. Ela não vê erro algum em ter ficado para um cara que ela nem sabe quem é. Aconteceu. E vai voltar a acontecer. Doa a quem doer. E isso pode incluir até ela mesma! Autodestrutiva e sem freio, Camila vai se jogando ladeira abaixo sem saber onde aquilo vai dar. Bebe, se droga, quase se prostitui. Tudo em busca de experiências, que depois acabam fazendo sentido quando ela "posta" no blog os sentimentos, as dúvidas e o que mais passar pela sua cabeça. É mesmo difícil entender essa tal solidão quando tem tanta gente lendo o que você está vivendo, opinando Palavras são palavras. E é difícil adaptá-las para outras mídias. Quantos são os filmes que conseguem superar os livros de onde se originaram? Pouquíssimos! A própria Clarah já disse a quem quisesse ouvir que aprendeu a distinguir seus livros do filme. E gosto de ressaltar que a Camila não é autobiográfica e que na época em que escrevia o livro, nem blog ela tinha. Mas se o filme tinha tudo para ser teatral e chato, devido ao sem-número de monólogos e cenas em que Leandra Leal aparece sozinha, acaba surpreendeendo. Ganha vida pela câmera ágil e montagem esperta, sem ser "moderna" em excesso. Quando "bloga", Leandra vai digitando de verdade e as letras vão aparecendo na tela do micro, nas paredes, no chão, em um belíssimo e bem cuidado trabalho de direção de arte. Já adicionei ao del.icio.us!

Ficha Técnica
Ttítulo: Nome Próprio
País: Brasil , 2008 - 120
Gênero: Drama
Direção: Murillo Salles
Roteiro: Melanie Dimantas (sobre livros de Clarah Averbuck)
Elenco: Leandra Leal, Juliano Cazarré, Milhem Cortaz, Rosane Holland

Fonte: Omelete http://omelete.uol.com.br/cinema/nome-proprio/

Cine Brasil - Paraísos Artificiais



Sinopse

Em uma paradisíaca praia do Nordeste brasileiro, Shangri-La – um enorme festival de arte e cultura alternativa – é pano de fundo de experiências sensoriais intensas entre três distintos jovens contemporâneos: Nando (Luca Bianchi), a DJ Érika (Nathalia Dill) e sua melhor amiga Lara (Lívia de Bueno). Sem que percebam, como meras peças de um caótico jogo do destino, o encontro muda radicalmente suas vidas para sempre. Uma trama envolvente, em pleno boom da música eletrônica no Brasil, que apresenta uma comovente história de amor e superação, o envolvimento de jovens de classe média no tráfico internacional de entorpecentes, intensas celebrações, conflitos e destinos cruzados pelo tempo. Dos produtores de Tropa de Elite I e II, PARAÍSOS ARTIFICIAIS é um filme de Marcos Prado - premiado diretor de Estamira - e foi rodado em Amsterdam, no Recife e no Rio de Janeiro.

Crítica:

Natália Bridi
03 de Maio de 2012    
Omelete
Para digerir a felicidade natural, assim como a artificial, é preciso primeiro ter a coragem de engolir”, escreveu Charles Baudelaire na dedicatória de seu ensaio sobre as drogas, Paraísos Artificiais.
Marcus Prado, em seu primeiro longa-metragem de ficção, toma o título do poeta francês e transforma o seu Paraísos Artificiais em um estudo ampliado, onde mescalina, ecstasy, GHB e cocaína são pedaços de “felicidade artificial” tanto quanto o sexo. Seus três personagens principais – Érika (Nathalia Dill), a DJ, Lara (Lívia de Bueno), a amiga/amante descolada, e Nando (Luca Bianchi), o artista que não sabe o que fazer da própria vida – não têm qualquer problema para engolir esses artifícios. A felicidade natural, contudo, parece ser um objeto distante.

O filme é, de certa forma, o retrato perfeito de uma parcela da classe média brasileira, aquela “que sofre” e aquela que é tão restrita a ponto de transformar em mágica do destino alguns de seus hábitos mais corriqueiros. Os personagens, todos aparentemente bem criados, são os agentes das suas próprias tragédias, fazendo das drogas o ponto de partida de seus problemas. O filme de Prado, contudo, em nenhum momento levanta a bandeira de conscientização. Seu retrato das drogas é limpo e sua mensagem clara: “as drogas são o que você quer, levam para onde você quer”, diz Mark (Roney Villela), personagem que encarna uma espécie de guru lisérgico na trama. Logo, o problema não são as drogas, mas a índole dos usuários

Tecnicamente, Paraísos Artificiais é impecável. A câmera de Lula Carvalho (diretor de fotografia da franquia Tropa de Elite) é certeira ao retratar subjetivamente as viagens psicotrópicas e empolga ao capturar a essência das raves. O registro das festas, casado com a montagem de Quito Ribeiro, coloca o público no meio da pista, em uma edição marcada pela batida eletrônica. As longas cenas de sexo, levadas até o orgasmo, são compostas com delicadeza, em contraste com a euforia de “balas” e afins

Já o enredo, que intercala Rio de Janeiro, Pernambuco e Holanda para contar a história e as reviravoltas dos três protagonistas, não consegue se legitimar. A história de amor que nasce sem querer em um universo paralelo no nordeste, floresce por acaso em uma atrapalhada viagem à Europa e tem seu desfecho como fruto do destino nas praias cariocas, carece de verossimilhança. Ainda assim, a forma rasa como os personagens são mostrados – tanto nas suas motivações como nas suas personalidades – serve para criar a visão fiel de uma juventude que, com referências soltas a Escher e Brigitte Bardot, se mostra instruída, porém autocentrada, justificando a busca de artifícios para compensar a sua própria falta de profundidade.
Ficha Técnica
Ano - 2012
Gênero - Drama/Romance  
Duração - 96 minutos
Classificação Indicativa - 16 anos
Distribuição - Nossa Distribuidora / RioFilme

EQUIPE
Direção - Marcos Prado
Roteiro - Cristiano Gualda, Pablo Padilla e Marcos Prado
Produção Executiva - Tereza Gonzalez Produtor Associado - James D'Arcy
 
ELENCO
Nathalia Dill - Érika
Luca Bianchi - Nando
Lívia de Bueno - Lara
 
Fonte: Site do filme "Paraísos Artificiais"

Cine França - Os Infiéis



CRÍTICA:

Por Sergi Sánchez

Los franceses son capaces de vender un argumento propio de “Pepito Piscinas” como si fuera el último grito en sociología popular. Que no les engañen: si “Los infieles” aspira a retratar una especie que tiende a reproducirse como los hongos bajo la lluvia –el Peter Pan adúltero y cuarentón, que no acepta que el paso del tiempo le arrebate su poder de seducción- con las pretensiones de un ensayo antropológico disfrazado de comedia para todos los públicos, el resultado es de una extrema vulgaridad, más cerca de Ozores que de los dioses de la comedia italiana de episodios a los que pretende invocar. Más allá de la presencia de Dujardin (desde ya actor sobrevalorado) y Lellouche, almas del proyecto, en todos los sketches, “Los infieles” carece por completo de unidad de tono: explora, sí, la naturaleza infiel del macho alfa en plena crisis de virilidad, pero lo hace picoteando en la comedia de la humillación, en el gag hortera y de mal gusto y en el psicodrama de pareja, sin apostar por el gamberrismo desatado ni tampoco por la severidad civilizada. “Los infieles” sólo acierta cuando Michel Hazanivicius ridiculiza a su musa Dujardin convirtiéndolo en un vendedor de fertilizantes que sacrificaría a su madre por echar un polvo en un tenebroso hotel de convenciones.

FICHA TÉCNICA:

Director: Michel Hazanavicius, Jean Dujardin, Jan Kounen, Fred Cavaye, Alex Courtes, Emmanuelle Bercot, Eric Lartigau, Gilles Lellouche
Intérpretes: Jean Dujardin, Gilles Lellouche, Guillaume Canet, Sandrine Kiberlain, Geraldine Nakache, Melanie Douety, Aina Clotet
País: Francia
Año: 2012.
Género: Comedia
Fonte: Fotorama http://www.fotogramas.es/Peliculas/Los-infieles/Critica/

Cine Espanha - A DANÇARINA E O LADRÃO (El baile de la Victoria)




Com o advento da democracia, o presidente do Chile decreta anistia geral para todos os presos. Entre eles estão o jovem Ángel Santiago (Abel Ayala) e o veterano Vergara Grey (Ricardo Darín), famoso ladrão de caixa-forte. Os dois têm planos muitos opostos: enquanto Grey quer apenas recuperar sua família, o jovem pensa em dar um grande golpe. No caminho da dupla aparece outra jovem, Victoria (Miranda Bodenhöfer), que transforma a vida dos dois.

CRÍTICA

A Dançarina e o Ladrão se parece com um presente barato, do qual você não precisa, mas embrulhado numa embalagem tão sofisticada que por um momento tem-se a impressão de se estar diante de uma preciosidade. Uma comédia dramática com certa aura de realismo mágico que almeja muito mais do que aquilo que realmente consegue transmitir.

O roteiro do diretor espanhol Fernando Trueba (Quero Dizer que te Amo), de seu filho Jonás Trueba e de Antonio Skármeta é inspirado na obra homônima do escritor chileno lançada em 2003. Não tive a oportunidade de ler o livro, então não sei até que ponto do filme toma liberdades. O fato é que essa adaptação faz uma mistura de gêneros mal azeitada onde sobra pretensão e falta talento para manter a coesão. Por mais que Trueba se esforce para fazer a amálgama dar certo, A Dançaria e o Ladrão, no final das contas, é um filme sem norte. E assim segue, perdido, até o final.

Visualmente de encher os olhos – a fotografia aqui faz parte do soberbo embrulho -, o longa começa com a notícia de que o governo chileno, agora democrático, decidiu anistiar diversos presos do país. Em consequência, voltam à liberdade Angel Santiago (Abel Ayala), um bandidinho de pouca importância, e Nicolás Vergara Grey (Ricardo Darín), famoso ladrão de cofres e caixas fortes.

Os dois ainda não se conhecem pessoalmente, mas Ángel carrega um plano criminoso que envolve Vergara Grey. Este sai da cadeia com a intenção de se aposentar, com a esperança de recuperar sua família e o dinheiro do último roubo, mas descobre que as coisas mudaram bastante durante seu tempo na cadeia. Ángel, por sua vez, em seu primeiro dia livre, conhece Victoria Ponce (Miranda Bodenhofer), uma dançarina de rua com um passado que decide ajudar.

Insistindo em vão em alcançar harmonia e poesia com suas belas imagens destituídas de um história coesa, Trueba apela para o sentimento do público para não perdê-lo, forçando situações de suposto peso dramático para conquistar o coração da audiência. Alguns desses momentos soam ridículos, como a sequência em que os personagens de Ricardo Darin e Ariadna Gil conversam mentalmente. Outros, amadores, como a demonização dos professores de uma escola de balé que avaliam Victoria. Mais uma artimanha a compor o pomposo pacote do filme.

A suposta sensibilidade buscada por A Dançaria e o Ladrão nunca é achada. Sua riqueza de imagens se confronta com uma narrativa lamentável e irregular. Depois de aberto o embrulho, a surpresa é nada agradável.
FICHA TÉCNICA

Diretor: Fernando Trueba
Elenco: Ricardo Darín, Abel Ayala, Miranda Bodenhofer, Ariadna Gil , Julio Jung, Mario Guerra, Marcia Haydée, Luis Dubó, Luis Gnecco, Mariana Loyola
Produção: Jessica Huppert Berman
Roteiro: Fernando Trueba, Jonás Trueba, Antonio Skármeta
Fotografia: Julián Ledesma
Duração: 127 min.
Ano: 2009
País: Espanha
Gênero: Drama
Distribuidora: Paris Filmes
Estúdio: Fernando Trueba Producciones Cinematográficas S.A.
Fonte: Cine Click
http://www.cineclick.com.br/filmes/ficha/nomefilme/a-dancarina-e-o-ladrao/id/17289