Sinopse
Os jovens Dé (Thiago Martins) e Nina (Vitória Frate) se conhecem na Praia de Ipanema, no Rio de Janeiro, e acabam se apaixonando. O problema é que o casal vivem realidades sócio-econômicas opostas e, juntos, experimentam as alegrias, emoções e dificuldades de viver este romance tão improvável.
Crítica
Por Celso Sabadin
Havia muita expectativa pelo novo filme de Breno Silveira. Afinal, estrear na direção com o maior sucesso de bilheteria da chamada era da retomada do cinema brasileiro, 2 Filhos de Francisco - A História de Zezé di Camargo e Luciano, colocou o cineasta na incômoda posição de "ser obrigado" a repetir a façanha. O que, convenhamos, não é nada fácil. Seu novo trabalho, Era uma Vez..., certamente não levará tanta gente aos cinemas como 2 Filhos de Francisco - A História de Zezé di Camargo e Luciano, mas confirma o talento do diretor. Mesmo quando o roteiro não é dos mais inspirados, como neste caso.
Provavelmente, o maior problema de Era uma Vez..., é a sensação de déjà vu provocada pelo enredo. Dé (Thiago Martins) é um jovem da favela, gente boa e um pouco tímido. Ele mantém uma atração platônica por Nina (a estreante Vitória Frate), menina de classe média alta (decadente, como se perceberá depois). Ela jamais sequer percebeu a presença do rapaz, que trabalha num quiosque de lanches bem em frente ao seu luxuoso prédio. Aos poucos, Dé toma coragem para se aproximar da moça, favorecido pela crença que na praia, de calção, as diferenças sociais desaparecem. Ou, no mínimo, ficam menos evidentes. Contra tudo e todos, Dé e Nina iniciam um romance que faz acender ainda mais os mais diversos tipos de preconceitos raciais e sócio-econômicos existentes em nosso país. O clima de Romeu e Julieta é inevitável.
Provavelmente, o maior problema de Era uma Vez..., é a sensação de déjà vu provocada pelo enredo. Dé (Thiago Martins) é um jovem da favela, gente boa e um pouco tímido. Ele mantém uma atração platônica por Nina (a estreante Vitória Frate), menina de classe média alta (decadente, como se perceberá depois). Ela jamais sequer percebeu a presença do rapaz, que trabalha num quiosque de lanches bem em frente ao seu luxuoso prédio. Aos poucos, Dé toma coragem para se aproximar da moça, favorecido pela crença que na praia, de calção, as diferenças sociais desaparecem. Ou, no mínimo, ficam menos evidentes. Contra tudo e todos, Dé e Nina iniciam um romance que faz acender ainda mais os mais diversos tipos de preconceitos raciais e sócio-econômicos existentes em nosso país. O clima de Romeu e Julieta é inevitável.
É como se tivessem colocado num único caldeirão (que não é do Luciano Huck, um dos produtores do filme) idéias de Cidade de Deus, Tropa de Elite, Maré - Nossa História de Amor, Cidade dos Homens e, claro, Romeu e Julieta. A todo momento, fica a impressão de "já vi este filme antes". Morro contra asfalto, pobres contra ricos, a força do amor vencendo tudo, pessoas de bom coração tentando sobreviver dignamente em meio ao tráfico, enfim, tudo está lá. Novamente.
A boa notícia é que, mesmo com um roteiro recheado de idéias desgastadas, Breno Silveira mostra que tem talento e mão firme para a direção. Ele consegue extrair ótimas interpretações de todo o seu elenco, principalmente de Thiago Martins, do grupo de teatro Nós do Morro, que já esteve em Cidade de Deus, Maria, Mãe do Filho de Deus e em algumas novelas. Seus enquadramentos são precisos, valorizando o trabalho dos atores, e seu senso de timming conta bem a história, com ritmo e eficiência. Desenvolvendo personagens críveis e empáticos, Breno se mostra maduro na direção, depois de anos atuando como produtor e diretor de fotografia.
Certamente vai fazer um excelente filme quando tiver um bom roteiro nas mãos.
A boa notícia é que, mesmo com um roteiro recheado de idéias desgastadas, Breno Silveira mostra que tem talento e mão firme para a direção. Ele consegue extrair ótimas interpretações de todo o seu elenco, principalmente de Thiago Martins, do grupo de teatro Nós do Morro, que já esteve em Cidade de Deus, Maria, Mãe do Filho de Deus e em algumas novelas. Seus enquadramentos são precisos, valorizando o trabalho dos atores, e seu senso de timming conta bem a história, com ritmo e eficiência. Desenvolvendo personagens críveis e empáticos, Breno se mostra maduro na direção, depois de anos atuando como produtor e diretor de fotografia.
Certamente vai fazer um excelente filme quando tiver um bom roteiro nas mãos.
Ficha Técnica
Diretor: Breno Silveira
Elenco: Thiago Martins, Vitoria Frate, Rocco Pitanga, Paulo César Grande.
Produção: Pedro Buarque de Hollanda, Breno Silveira
Roteiro: Patrícia Andrade
Fotografia: Dudu Miranda, Paulo Souza
Duração: 118 min.
Ano: 2008
País: Brasil
Gênero: Drama
Cor: Colorido
Distribuidora: Não definida
Estúdio: Sony Pictures / Conspiração Filmes / Globo Filmes
Classificação: 14 anos
Fonte: Cineclick
http://www.cineclick.com.br/criticas/ficha/filme/era-uma-vez/id/1862
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